Alguns convênios com o Governo Federal, vindo de emendas parlamentares ao
orçamento de 2016 da União para São Francisco, estão
parados por falta da assinatura do ex-prefeito Pedro Jorge Cherene Junior nos contratos de repasses entre a Caixa Econômica e o Município.
Ao todo irão transferir para o município R$ 5,3 milhões. O
montante maior é destinado à pavimentação de ruas e uma pequena parte
para construção de duas quadras poliesportivas.
Para o subsecretário de Planejamento e Desenvolvimento, Alex Favoretti, os
contratos foram gerados no dia 27 de dezembro de 2016 e encaminhados
para a agência da Caixa Econômica de São Francisco.
De acordo com a Agência da Caixa em São Francisco, os contratos chegaram ao município
na sexta-feira, dia 30 de dezembro, último dia útil de 2016. No dia a instituição fez contato com assessores do ex-prefeito para a
assinatura dos contratos, mas os mesmos não foram assinados.
A
tentativa de buscar a assinatura desses contratos se repetiu. Ainda
segundo a agência da Caixa Econômica de São Francisco, novos contatos
foram feitos com assessores de Pedrinho Cherene. A informação era de que
o ex-prefeito estava em viagem. Até a tarde desta segunda-feira, 16,
nenhuma resposta concreta havia chegado à Caixa e os contratos seguiam
pendentes de assinatura.
A
procuradora geral do município, Eliza Pompemayer Abud, disse que está
estudando junto à Caixa Econômica uma forma de dar continuidade aos
convênios.
“Como
está havendo uma dificuldade para o gestor anterior assinar os
contratos, e o município tem total interesse em dar sequência, nós
estamos buscando uma saída. Vamos sentar essa semana com a Caixa
Econômica e tentar reverter o assunto”, espera a procuradora.
Elisa
disse que não teve acesso a todo o teor dos contratos, mas citou o
Decreto 6170 de 2007, que dispõe sobre as normas relativas às
transferências de recursos da União mediante convênios e contratos de
repasse. O Artigo 2º diz que é vedada a celebração de convênios e
contratos de repasse cuja vigência se encerre no último ou no primeiro
trimestre de mandato dos chefes do Poder Executivo dos entes
federativos.
“Como
não pode terminar no último trimestre, ele não poderia começar no
último trimestre, visto que essa verba não se gasta em um trimestre.
Portanto estamos em contato com a Caixa e com os Ministérios do
Planejamento e das Cidades para que possamos, da melhor forma possível,
resolver a demanda e não perder a verba. Esse contrato não é gerado para
pessoa física do prefeito e sim para o município. Quando foi gerado, no
dia 27 de dezembro, o contrato foi gerado em nome do gestor. E hoje a
gestora é Francimara”, comentou Elisa.
Feijó lamentou acirramento de ânimos
Segundo o Deputado Federal Paulo Feijó, autor de
duas das cinco emendas, mas que somadas representam R$ 4,5 milhões, disse:
O
parlamentar se queixou de uma declaração do ex-prefeito Barbosa Lemos,
que segundo Feijó, o teria lhe acusado de estar envolvido num esquema
com o ex-prefeito Pedrinho Cherene na liberação de uma emenda para a
Saúde do município no final do mês de dezembro.
“Não há e nunca houve esquema. Acho
Frederico muito educado e me dou bem com ele, mas a declaração
irresponsável de Barbosa Lemos acirrou os ânimos para a assinatura deste
contrato. Espero que Pedrinho assine. Já conversei com o ele, fiz o
pedido e acredito que irá assinar”, concluiu Paulo Feijó.
Nenhum comentário:
Postar um comentário