quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Concluída, P-61 deixa Angra em direção a Papa-Terra na Bacia de Campos, onde chegará em aproximadamente seis dias após a saída do estaleiro


A P-61 saiu no dia 31/12/2013, do estaleiro BrasFels, na baía de Angra dos Reis (RJ), onde foram concluídas a construção e integração da unidade. A unidade fará parada técnica para abastecimento de diesel e água nas proximidades de Ilha Grande e seguirá viagem até a locação final, no campo de Papa-Terra, na Bacia de Campos, onde chegará em aproximadamente seis dias após a saída do estaleiro.

Primeira plataforma do tipo TLWP (Tension Leg Wellhead Plataform) a ser construída e a operar no Brasil, a P-61 atuará em conjunto com o FPSO (unidade que produz, armazena e transfere petróleo, na sigla em inglês) P-63, que iniciou a produção de petróleo em Papa-Terra no último dia 11 de novembro. Juntas, as unidades têm capacidade para produzir 140 mil barris de petróleo por dia, nos 18 poços aos quais serão interligadas.

Toda produção da P-61 será transferida para a P-63, que fará o processamento, o armazenamento e o escoamento do petróleo extraído por meio de navio aliviador. A P-63 também é capaz de comprimir 1 milhão de m3/d de gás natural e o gás excedente ao consumo nas plataformas será injetado no reservatório.
O campo de Papa-Terra, operado pela Petrobras (62,5%) em parceria com a Chevron (37,5%), está localizado a 110 km da costa brasileira, onde a profundidade varia de 400 a 1400 metros.
Tecnologia

A combinação de reservatórios com petróleo de grau API variando entre 14 e 17, e em águas profundas, faz o desenvolvimento do campo de Papa-Terra um dos projetos mais complexos já concebidos pela Petrobras, requerendo a incorporação de diversas soluções inovadoras, que incluem a própria P-61.

O modelo TLWP se assemelha às semissubmersíveis (SS), com a diferença de que usa tendões verticais para a sua ancoragem, ao invés das linhas de ancoragem padrão.

Essa tecnologia faz com a que a plataforma tenha uma baixa amplitude de movimentos, permitindo que as árvores de natal (válvulas de controle de poços) sejam secas, instaladas no convés da TLWP, ao invés de no fundo do mar, como ocorre nas SSs e FPSOs. A razão do uso dessa alternativa é permitir maior facilidade de intervenção nos poços por usarem bombeio centrifugo submerso.
Construção

Assim como a P-63, a P-61 é uma das novas unidades que fazem parte dos projetos de produção programados para este ano no Plano de Negócios e Gestão (PNG) 2013-2017 da Petrobras.

A construção do convés e dos quatro módulos - dois de acionamento e controle de bombeio centrífugo submerso (BCS) dos poços, um para distribuição elétrica e controle da plataforma e um de alojamento - da plataforma ocorreu em Cingapura, na Ásia. De lá, foram trazidos até o Estaleiro BrasFels, em Angra dos Reis (RJ), onde a empresa contratada BrasFels fez o casco e se responsabilizou pela união e integração das diversas partes.

No pico das obras, a P-61 gerou 2.450 empregos diretos e 7.350 empregos indiretos. O conteúdo local dos seus serviços chegou a 65%.


Dados da P-61

Capacidade de produção de petróleo: 100 mil barris/dia;
Capacidade própria de geração elétrica: 3 X 2000 kW (total de 6000 kW);
Capacidade da alimentação elétrica externa: até 35 MW recebidos da P-63, para cargas de processo;
Profundidade de água: 1.200 m;
Acomodações: 60 pessoas;
Peso total da plataforma: cerca de 23 mil toneladas.

Simone Noronha - ASSCOM

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Este Blog foi criado no ano de 2007, administrado por Magnum Silva, 27 anos, Acadêmico em Direito pela universidade Estácio de Sá. E-mail: redacaomgm@gmail.com

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