Moradora de SFI reivindica por agilidade no atendimento do Hospital Manoel Carola

Familiares da paciente Tereza Leandro da Silva Monteiro, 58, vem enfrentando dificuldades no atendimento de urgência no hospital Manoel Carola, situado no distrito de Ponto de Cacimbas, que não possui equipamentos para pacientes graves, como é o caso da senhora Tereza, que chegou com suspeita de Acidente Vascular Cerebral.

O AVC não perdoa perda de tempo no atendimento, Cada minuto possui imenso valor no tratamento desta lesão que é, hoje, uma das principais causas de mortalidade no Brasil e no mundo. É provável que este índice seja tão alto pelo mesmo motivo: o tempo e sua impiedosa passagem.

Para uma vítima do AVC, cada minuto perdido, sem atendimento especializado é, entre outros fatores, o medidor da intensidade com que as sequelas irão acometê-lo. Com efeito, esse é o principal divisor que o separa o paciente entre a vida e a morte. É vital para o sucesso terapêutico e redução de sequelas, o atendimento imediato por uma equipe liderada por um especialista em neurologia. Além disso, a médica afirma ser importante o acesso a uma estrutura hospitalar que possibilite exames de imagem 24 horas, como tomografia computadorizada e ressonância magnética. Também deve possuir uma unidade de atendimento especializado, como UTI neurológica ou UTI vascular. O blog foi procurado por sua filha Natasha Leandro que desabafou:


- É com muita tristeza que venho aqui registrar minha indignação com a administração e o médico do plantão de hoje 04/11/18. Minha mãe passa mal desde sexta-feira com insuficiência respiratória e enrolando a língua. Ontem sábado 03/11 foi a mesma coisa depois de umas três horas lá no repouso mandaram para casa. Porém hoje 04/11 não foi bem assim. Minha mãe amanheceu bem tomou café e remédios. Mas por volta das 10.30 da manhã começou a vomitar e depois espumando a boca aí na não conseguia falar mas nada chamei o resgate ele logo chegou. Mas infelizmente no hospital do ponto tudo o que aconteceu hoje não passou de uma falta de amor ao próximo e de uma falta de responsabilidade. Ela ainda andava quando deu entrada falava algumas coisas. O médico disse para aguardar para ver se ela iria melhorar. Desde que entramos pedimos uma transferência para outro hospital com mais recurso que tivesse como fazer uma tomografia. Mas o médico disse que ela voltaria a si. As horas passaram e minha mãe só piorava. Minha família reuniu na frente do hospital para implorar por uma transferência. Tudo que agente queria era só que levassem ela para fazer uma tomografia para saber o diagnóstico. Conseguiram a vaga para tomografia por volta das 16hs. Porém a luta agora era para conseguir o carro do resgate para levá-la para Campos.  Resolveram tomar a atitude de transferir a minha mãe exatamente as 18.30. 



Informação Atualizada 23h40

Segundo informações da filha Natacha, foi realizado o exame de tomografia no Hospital HGG na cidade de Campos dos Goytacazes, constatado o Acidente Vascular Cerebral Isquêmico, que não havia vaga para ser internada. A paciente retornou em coma para o hospital Manoel Carola em São Francisco de Itabapoana que não conta com suporte para este tipo de gravidade, a família cobra da secretaria de Saúde para que busque tentativas de transferência para hospital que tenha mais recurso, o tempo está passando. O médico afirmou que não tem condições de permanência da paciente no Hospital Manoel Carola.